segunda-feira, agosto 18, 2008

Sim, eu tenho cartão SUS!

A cada sessenta dias eu passo por uma situação, onde enfrento o posto de saúde do meu bairro. Sessenta dias é o retorno pra eu pegar mais remédios, não posso ficar sem senão, penso bobagem. Não se assustem é coisa mínima.
Dia de acordar cedo e ver gente reclamando e falando só de doença. É um caos. Chego pego a senha, sento e sou chamado depois de 30 minutos, subo e espero. Chega a graça.
Cada pessoa mais esquisita que a outra, eu não escapo desta. Tem o Juliano que tem sono profundo, uma que é muito mal humorada e que usa um óculos de sol bem pequeno, que mal cobre os olhos, tem um que fica fazendo palavra cruzada, o coroa que quando se levanta treme todo e também tem a tia do crochê que se chama Dulcineia. O engraçado é que a tia do crochê faz o artesanato de uma forma diferente, ao contrario, com uma posição que só ela consegue. Também pudera, estamos na fila de um psiquiatra e não é de se estranhar umas cosias destas.
Tem uma senhora que fala mais que a boca, ela faz questão de dizer que tem setenta anos e que tem um filho de 50 e tal. E quando ela vai a São Jose, a pressão dela sobe e que ela toma 20 remédio pra todos os tipos de doença, e as vezes quando anda esquece onde esta. Ela trabalha a 25 anos num mesmo lugar e tal.
Chega minha vez (sou o ultimo),e dura menos que minutos. Desço pego a senha de novo, sou chamado e marco o retorno. Saio dali e vou a um outro posto pegar o remédio, e é outro “babado”.
Nesta fila acontece cada coisa, um quer contar quem tem a doença mais grave, e sair com vantagem. Vantagem do que eu não sei. Na mesma fila entra à senhorinha que fala mais que a boca e tento me esconder com um fone no ouvido e finjo que não estou ouvindo. Ai que pecado né? Estou cansado e mal humorado, tenho que trabalhar daqui a pouco. E depois tem uma que não podia ver ninguém diferente na fila, que começava a resmungar:
_ Minha boca esta amarga. Esta torta!
Só pra outra perguntar o que tinha acontecido. A partir deste momento, senta que lavem a historia.
_É que eu fui ao dentista, fazer raspagem. A anestesia doeu, só que antes eles tiraram ( aferir jamais, é tirar mesmo) minha pressão que esta 14 por 12. E em seguida dá um da um sorriso maroto de....
_ Ai, como eu sou problemática!
Nisso um senhor oriental escuta a conversa e arranca uma bolinha vermelha com uma corrente e começa a ferir a pressão da coitada ali mesmo sem ela pedir. Ela sem entender de nada estende o braço. Detalhe, ele esta na minha frente e ela atrás de mim, e nesta situação eu fico bem no meio. Então, ele diz que a pressão dela esta 14 por 8. Sem entender nada da técnica milenar do senhor, ela baixa a cabeça e começa ler a receita dela. Quase dou risada nesta hora, mas me controlei. E o pior foi depois. O senhor apertou a barriga dela e falou pra ela fechar o boca, e comer a metade do que ela esta acostumada. Achei um cumulo de atrevimento. O que ele tem haver com isso? E que falta de respeito chamar os outros de gordo na cara dura? Eu hein!
Enfim, chega minha vez de pegar os remédios e a farmacêutica vai adiantando o problema da coitada.
_ Minha boca esta amarga. Esta torta.
_O que foi? A farmacêutica tonta pergunta.
_É que eu fui ao dentista, fazer raspagem. A anestesia... E assim por diante.
Cansado de tanta “abrobinha”, vou me ir embora. No caminho vou relembrando as situações e dou risada.
Bom, isso não para por aqui, volta lá dia 14 de outubro e vamos ver se eu encontro a Dulcineia, o Fabiano, a Lourdes...

Um comentário:

Anônimo disse...

Meu Deus!!! Dps agente dá risada de uma situação dessas neh? Odeio ir no posto de saúde, Santa casa e talz...
Pena q acho q agora com o Diuare nascendo eu vou frequentar mto esses lugares...
qto será um extra no meu convenio do hotel hein? rsss
bju bju
pit bull