Meu trabalho de animador influenciou minha vida

Nesta Páscoa, retomei o gosto por uma das minhas profissões. Já faz anos que deixei de viver de animador sociocultural, conhecido também como recreação. Talvez, por motivo de exaustão e esforço físico. Para muitos, recrear com pessoas, é sinônimo de "só diversão". Neste mercado sou Pop. Mas somente nós desse meio, sabemos como é difícil ficar no outro dia, depois de 18 horas de trabalho, com um lindo sorriso no rosto e sem “sair do salto”. Por fim, estou me afastando de novo. Com inspiração nessa minha vocação, posso afirmar que muito influenciou nos meu próximos projetos de trabalho. Misturar alegria atrás das pick ups faz com que transmita coisas positivas para pista. Mostrar um certo humor na hora de fazer consultoria de moda a alguém, fica mais fácil que dizer que aquilo não lhe caiu bem, não é verdade? Enfim, mas  veio a surpresa da Páscoa. Sempre disse que esta é a melhor temporada de feriado pra se trabalhar. Lógico, também pelo excesso de chocolate nas sobremesas. Melhor ate do que o carnaval ( um dos pacotes que não curto trabalhar). Muita festa e pouco contato cara a cara com as pessoas, que é o que mais gosto de fazer. Hóspedes, no caso de recreação hoteleira, muitas vezes se tornam amigos. E por eles sou capaz até de dançar o Reboleixo, mesmo não gostando; de imitar "Popstars caricatos" mesmo com a coxa distendida. Deus foi generoso comigo, me deu um belo par de braços e pernas pra gesticular. Está aí o motivo dos meus nervos estendidos. Mas o show tem que continuar. Porque no final de cada coisinha que faço, mil elogios caem em cima de mim. Sou metido em poder dizer que sou paparicado pelos desconhecidos que no final tornam-se amigos e muitas vezes confidentes. Fico feliz em saber que trago confiança. Sinto falta quando aquele hospede habituè não comparece no final de semana prolongado. Mas mesmo não estando, recebo SMS deles desejando boas vibrações como é o caso da Gisele, que por “enes” motivos não pode estar presente. Ou estão, em outro lugar ou em casa curtindo a família a sós. Eles podem, são chiques (risos). A família da Gisele me acolhe assim como se eu já fosse da casa. Sem contar a Giselda, que porsinal é chique demais! Tenho hospedes amigos que não gostam quando uso esta expressão, e preferem amigo mesmo. Como é o caso da Micha. No mínimo uma conversa diária de 2 horas. E se não estiver on line, mensagens off line é a primeira coisa que faço. Preciso contar fofocas diárias a ela. Micha foi para outro refugio, mas pude ajudar na arrumação da mala da família, mesmo sendo via on line. Salve a WEB 2.0. Vocês precisam conhecer a família fiel da Rô e Kellytchia que até me presenteou no Natal passado com uma My Model ( desde criança eu sonho em ter aquela cabeça da Barbie pra maquiar sabe?). Eu, particularmente, amo tomar café da manhã com a Rô. E junto a eles, no mesmo kit família , tem a peça rara sorridente da Lu que adora meus trejeitos. Um marido super machão, macho de verdade, sabe? Mas que não me deixa um minuto quieto. Mãe de uma menina que deixa a gente maluco com suas peraltices. Foram os momentos que a surpreendi como louca na esteira da academia. A última vez que a socorri , foi num momento berrante e tinha mordida de formiga por todo corpo. Levando ela assim aos cuidados de primeiros socorros. Descalço, correndo que nem um louco. Apesar de trabalhar com adultos, ela é uma exceção  e uma grande fã minha. E lógico não se esquecendo da Dulce que tem fotos comigo de tudo que é jeito.  E  a família 10? Nem te conto. Avò 10, Avô 10, Mãe 10 e o Leo 10. A família nos tempos livres está sempre com a gente. Graças a eles vejo que nada é impossível. A injeção de animo que recebo deles é assim IMPOSSIVEL de escrever em um pequeno texto. A irreverência da família do Maya? E ainda trazem amigos, digamos assim, extrovertidos para completar o time dos animados. Aí, aí quantas risadas com esta turma de Sorocaba. Não esquecendo do Cadu, que sempre leva sua empresa pra passar momentos prazerosos com a gente. E ainda vira e mexe esta lá, num feriado com a família. O fofo (apelido carinhoso que dei ao filho dele) corre dos meus apertões. Mas melhor de todo isso são os amigos companheiros de trabalhos que tenho. Mesmo não querendo mais esta profissão, dói em pensar que tenho que deixá-los um dia. O carinho que recebo deles é comparado com o amor familiar. E é o dobro o que sinto por eles. Já deixei rastros em diversos lugares. Se tenho a Hemily (minha roommate) em minha vida é graças a essa profissão. Se tenho a Pit, leitora amiga fiel no meu blog é graça a esse trabalho feito em Atibaia. E também neste mesmo lugar, conheci as hospedes que também fazem parte da minha vida hoje: Angela e Adriana. Sem contar que tenho amigos em outras áreas no mesmo ambiente de trabalho. Seja ele da limpeza ou da cozinha. Vira e mexe, deixo um tiquinho diário das minhas macaquices. Fazê-los rir, faz com que eles se sintam bem melhores.   
Resumindo: É uma profissão gratificante e repleta de realizações, emocionalmente falando. Falo de boca cheia que tenho orgulho de ter este dom de fazer as pessoas rirem. E o meu maior feedback de tudo isso, é um beijo no final da temporada dizendo " obrigado por me fazer rir"!